segunda-feira, 19 de outubro de 2015

DILMA BALANÇA MAS NÃO CAI? CAI SIM!


AMIGOS PATRIOTAS,

Dilma não precisa de Eduardo Cunha para cair:
É um equívoco brutal acreditar que apenas Cunha pode levar adiante o impeachment de Dilma. A situação dele se torna a cada dia mais crítica, mas não tem nenhuma influência nos crimes de responsabilidade atribuídos a Dilma. O maior deles é a violação sistemática da Lei de Responsabilidade Fiscal ocorrida em seu governo. Passei o fim de semana debruçado sobre o relatório do TCU apresentado para justificar a rejeição das contas do governo no ano passado. As evidências são tão incríveis que é preciso um cinismo atroz para negá-las, como vêm fazendo diversos políticos e articulistas ligados ao PT nos últimos dias.


Ao todo, os auditores do TCU apontaram 18 problemas de naturezas diferentes nas contas do governo no ano passado. Nas palavras deles, foram constatadas “irregularidades graves – envolvendo o endividamento público, os resultados fiscais, a execução orçamentária da despesa, a limitação de empenho e movimentação financeira e a inscrição de despesas em restos a pagar no exercício de 2014”.



Três argumentos falaciosos têm sido usados pelos partidários do governo para defender as “pedaladas”. 
O primeiro, usado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência no próprio dia de reprovação das contas, pode ser chamado de “raciocínio Robin Hood”. Segundo esse raciocínio, as pedaladas se justificam porque o dinheiro foi empregado em programas sociais necessários. Trata-se de um argumento que não seria digno nem de ser pronunciado, muito menos de aparecer por escrito. Pela mesma lógica, desde que os gastos fossem destinados a programas sociais, pouco importaria a legalidade da origem do dinheiro – poderia vir de expropriação, roubo, confisco ou pedalada. Claro que essa lógica não para de pé.


O segundo tipo de falácia é afirmar que, no final do ano, as contas foram pagas e ficaram positivas – no caso da Caixa, em R$ 141 bilhões. Não haveria, portanto, como condenar o governo por atrasar os pagamentos, pois se tratou exclusivamente de uma questão técnica. Por essa visão, defendida pela Advocacia Geral da União, não houve a rigor um empréstimo dos bancos oficiais ao Tesouro, uma vez que eles prestam apenas um serviço ao administrar os pagamentos dos benefícios, pelo qual acabaram recebendo. O problema desse raciocínio é ignorar o que é uma “pedalada”. A “pedalada” é um atraso. Para manter a bicicleta contábil girando, claro que o pagamento tem de acabar por ser feito. Se não houvesse pagamento, seria um calote, não uma “pedalada”... e a bicicleta cairia.


O terceiro tipo de argumento: afirmar que outros governos também atrasavam seus repasses aos bancos oficiais. Trata-se, antes de mais nada, de uma falácia clássica, conhecida entre os lógicos pela expressão latina “tu quoque”, ou “você também”. Ela sustenta que, se alguém cometeu um erro, então você e eu também estamos autorizados a cometer. É um absurdo flagrante. Ora, se o TCU deixou de punir governos anteriores por atrasos nos repasses aos bancos oficiais, isso nada tem a ver com a situação deste governo no ano passado – e é ela que está em discussão. 
Ainda que esse argumento fosse desprezível por si só, o TCU foi além na análise dos números para derrubá-lo. “A magnitude das operações realizadas em 2014 e seu impacto negativo sobre o resultado fiscal podem ser considerados ponto fora da curva, sem precedente nas duas últimas décadas”, diz o relatório. 


Como se vê, Dilma não precisa de Eduardo Cunha para cair.
FONTE: G1 DA GLOBO.COM

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2 comentários:

  1. Tem toda a razao Ciro Novaes, motivos para que essa mulher deixe a presidencia nao faltam mas para mim o mais importante e claro seria o afastamento da chapa completa Dilma/Temer ja que a eleicao foi fraudada claramente e o TSE jamais poderia ter aceitado sua posse

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