AMIGOS PATRIOTAS,
Dilma não precisa de Eduardo Cunha para cair:
É um equívoco brutal acreditar que apenas Cunha pode levar adiante o impeachment de Dilma. A situação dele se torna a cada dia mais crítica, mas não tem nenhuma influência nos crimes de responsabilidade atribuídos a Dilma. O maior deles é a violação sistemática da Lei de Responsabilidade Fiscal ocorrida em seu governo. Passei o fim de semana debruçado sobre o relatório do TCU apresentado para justificar a rejeição das contas do governo no ano passado. As evidências são tão incríveis que é preciso um cinismo atroz para negá-las, como vêm fazendo diversos políticos e articulistas ligados ao PT nos últimos dias.

Três argumentos falaciosos têm sido usados pelos partidários do governo para defender as “pedaladas”.
O primeiro, usado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência no próprio dia de reprovação das contas, pode ser chamado de “raciocínio Robin Hood”. Segundo esse raciocínio, as pedaladas se justificam porque o dinheiro foi empregado em programas sociais necessários. Trata-se de um argumento que não seria digno nem de ser pronunciado, muito menos de aparecer por escrito. Pela mesma lógica, desde que os gastos fossem destinados a programas sociais, pouco importaria a legalidade da origem do dinheiro – poderia vir de expropriação, roubo, confisco ou pedalada. Claro que essa lógica não para de pé.
O segundo tipo de falácia é afirmar que, no final do ano, as contas foram pagas e ficaram positivas – no caso da Caixa, em R$ 141 bilhões. Não haveria, portanto, como condenar o governo por atrasar os pagamentos, pois se tratou exclusivamente de uma questão técnica. Por essa visão, defendida pela Advocacia Geral da União, não houve a rigor um empréstimo dos bancos oficiais ao Tesouro, uma vez que eles prestam apenas um serviço ao administrar os pagamentos dos benefícios, pelo qual acabaram recebendo. O problema desse raciocínio é ignorar o que é uma “pedalada”. A “pedalada” é um atraso. Para manter a bicicleta contábil girando, claro que o pagamento tem de acabar por ser feito. Se não houvesse pagamento, seria um calote, não uma “pedalada”... e a bicicleta cairia.
O terceiro tipo de argumento: afirmar que outros governos também atrasavam seus repasses aos bancos oficiais. Trata-se, antes de mais nada, de uma falácia clássica, conhecida entre os lógicos pela expressão latina “tu quoque”, ou “você também”. Ela sustenta que, se alguém cometeu um erro, então você e eu também estamos autorizados a cometer. É um absurdo flagrante. Ora, se o TCU deixou de punir governos anteriores por atrasos nos repasses aos bancos oficiais, isso nada tem a ver com a situação deste governo no ano passado – e é ela que está em discussão.
Ainda que esse argumento fosse desprezível por si só, o TCU foi além na análise dos números para derrubá-lo. “A magnitude das operações realizadas em 2014 e seu impacto negativo sobre o resultado fiscal podem ser considerados ponto fora da curva, sem precedente nas duas últimas décadas”, diz o relatório.
Como se vê, Dilma não precisa de Eduardo Cunha para cair.
FONTE: G1 DA GLOBO.COM
REAGE BRASIL!
EXCELENTE ANÁLISE!
ResponderExcluirTem toda a razao Ciro Novaes, motivos para que essa mulher deixe a presidencia nao faltam mas para mim o mais importante e claro seria o afastamento da chapa completa Dilma/Temer ja que a eleicao foi fraudada claramente e o TSE jamais poderia ter aceitado sua posse
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