Desafiando o anúncio de multas altíssimas feito pelo governo federal, caminhoneiros seguem a bloquear estradas federais neste final de semana. Há pelo menos 38 interdições em cinco Estados, segundo a Polícia Rodoviária Federal: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Cataria e Rio Grande do Sul.
Sem sombra de dúvida, o feitiço da greve e do impeachment virou contra os feiticeiros do PT. “Não está na pauta do governo a redução do preço do diesel neste momento”, disse o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, escalado para negociar com os caminhoneiros e evitar prejuízos ainda maiores à economia.
Claro que não está na pauta. A alta de R$ 0,15 por litro deverá reforçar o caixa com R$ 12,18 bilhões em 2015, curiosamente um sétimo do prejuízo da Petrobras com a roubalheira petista. “Não vamos pagar pelos corruptos”. Essa frase deveria ser repetida diariamente por todos os brasileiros.
A defesa de um impeachment da presidente Dilma Rousseff está saindo do campo editorial dos veículos da própria Globo e ganha agora manifestações pessoais de membros do primeiro escalão do jornalismo das empresas da família Marinho; diretor de Mídias Digitais da Globo, Erick Bretas, anunciou no Facebook que estará na manifestação pelo impeachment da presidente, marcada para o dia 15 de março, no Rio; "Só a pressão popular pode salvar o Brasil de mais um assalto — agora, às instituições", disse Bretas; diretor criticou também o fato da presidente Dilma ter afirmado em entrevista que os indícios de corrupção na Petrobras deveriam ter sido investigados ainda na década de 1990, durante o governo FHC; "Jogar a corrupção na Petrobras no colo dos tucanos é diversionismo, é tentar criar uma cortina de fumaça para que o cidadão mais pobre e menos informado se confunda", afirmou; campanha pró-impeachment terá outros adesistas da Globo?
Já não dava para ela se sair com o "Eu não sabia" que salvou Lula da degola no Mensalão. Dilma era presidente do Conselho de Administração da Petrobras quando aconteceu tudo o que vem a público agora. Deveria ser a brasileira mais interessada nas práticas de governança da empresa pelos anos em que lá esteve.
Ainda que por negligência — se não por má-fé –, paira sobre ela a responsabilidade pelo desvio de centenas de milhões de dólares dos cofres da Petrobras.
E é de responsabilidade que trata o impeachment. A análise objetiva desta questão cabe aos constitucionalistas. Eu não entendo disso e não vou me arriscar no tema. Mas o impeachment é também um processo político. Ele reflete a visão do parlamento sobre as condições de um presidente permanecer no cargo. E o parlamento se deixa influenciar pelo barulho que vem das ruas.
E é na rua que estarei no dia 15 de março, e VOCÊ?
REAGE BRASIL!
Fontes: Revista Veja e O Globo.
Aonde está na constituição o que afirma o texto, se Dilma sofrer impeachment antes de 2 anos e 1 um dia terá novas eleições? Uma informação de tamanha responsabilidade precisa da fonte.
ResponderExcluirErnesto Carrara
ResponderExcluirErnesto Carrara
Acho que o art. 79 da CF cria, pelo menos, uma dúvida se o vice assume o cargo em caso de impeachment. Ali diz: "Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder- lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente." Ora, se o vice "substitui" o presidente no caso de impedimento, o que é diferente de "sucedê-lo", que ocorre na vacância, a substituição seria temporária e, portanto, smj, deveriam ser convocadas novas eleições em 90 dias, no caso de o impeachment ocorrer na 1ª metade do mandato, ou eleição indireta pelo Congresso Nacional, se na 2ª parte do mandato.
Se quiser ler e interpretar a lei é 1079/50.