A três passos da guerra civil
Por Cel. Gelio Fregapani  
Os rumos que seguimos apontam para a probabilidade de guerra intestina.
Falta ainda homologar no Congresso
 e unir as várias reservas indígenas em uma gigantesca, e declarar sua 
independência. Isto não poderemos tolerar. Ou se corrige a situação 
agora ou nos preparemos para a guerra.
Quase
 tão problemática quanto a questão indígena é a quilombola. Talvez 
desejem começar uma revolução comunista com uma guerra racial.
O
 MST se desloca como um exército de ocupação. As invasões do MST são 
toleradas, e a lei não aplicada. Os produtores rurais, desesperançados 
de obter justiça, terminarão por reagir. Talvez seja isto que o MST 
deseja: a convulsão social. Este conflito parece inevitável.
 O ambientalismo, o indianismo, o movimento quilombola, o MST, o MAB e 
outros similares criaram tal antagonismo com a sociedade nacional, que 
será preciso muita habilidade e firmeza para evitar que degenere em 
conflitos sangrentos.
Pela primeira vez em muito tempo, está havendo alguma discussão sobre a 
segurança nacional. Isto é bom, mas sem identificarmos corretamente as 
ameaças, não há como nos preparar para enfrentá-las.
A crise econômica e a escassez de recursos naturais poderão conduzir as 
grandes potências a tomá-los a manu militari, mas ainda mais provável e 
até mais perigosa pode ser a ameaça de convulsão interna provocada por 
três componentes básicos:
— a divisão do povo brasileiro em etnias hostis;
— os conflitos potenciais entre produtores agrícolas e os movimentos dito sociais;
— e as irreconciliáveis divergências entre ambientalistas e desenvolvimentistas.
Em certos momentos chega a ser evidente a demolição das estruturas 
políticas, sociais, psicológicas e religiosas, da nossa Pátria, 
construídas ao largo de cinco séculos de civilização cristã. Depois, sem
 tanto alvoroço, prossegue uma fase de consolidação antes de nova 
investida.
A
 multiplicação das reservas indígenas, exatamente sobre as maiores 
jazidas minerais, usa o pretexto de conservar uma cultura neolítica (que
 nem existe mais), mas visa mesmo a criação de "uma grande nação" 
indígena. Agora mesmo assistimos, sobre as brasas ainda fumegantes da 
Raposa-serra do Sol, o anúncio da criação da reserva Anaro, que unirá a 
Raposa/São Marcos à Ianomâmi. Posteriormente a Marabitanas unirá a 
Ianomâmi à Balaio/Cabeça do Cachorro, englobando toda a fronteira Norte 
da Amazônia Ocidental e suas riquíssimas serras prenhes das mais 
preciosas jazidas.
 O MST se desloca como um exército de ocupação, mobilizando uma grande 
massa de miseráveis (com muitos oportunistas), dirigidos por uma 
liderança em parte clandestina. As invasões do MST são toleradas e a lei
 não aplicada. Mesmo ciente da pretensão do MST de criar uma "zona 
livre", uma "república do MST" na região do Pontal do Paranapanema, o 
Governo só contemporiza; finge não perceber que o MST não quer receber 
terras, quer invadi-las e tende a realizar ações cada vez mais 
audaciosas.
É claro que os produtores rurais, desesperançados de obter justiça, 
terminarão por reagir. Talvez seja isto que o MST deseja; a convulsão 
social, contando, talvez, com o apoio de setores governamentais como o 
Ministério do Desenvolvimento Agrário. Segundo Pedro Stédile: "O 
interior do Brasil pode transformar-se em uma Colômbia. A situação sairá
 de controle, haverá convulsões sociais e a sociedade se desintegrará."
Este conflito parece inevitável. Provavelmente ocorrerá num próximo 
governo, mas se ficar evidente a derrota do PT antes das eleições, é 
provável que o MST desencadeie suas operações antes mesmo da nova posse.
O ambientalismo, o indianismo, o movimento quilombola, o MST, o MAB e 
outros similares criaram tal antagonismo com a sociedade nacional, que 
será preciso muita habilidade e firmeza para evitar que degenere em 
conflitos sangrentos.
Várias fontes de conflito estão para estourar, dependendo da 
radicalização das más medidas, particularmente do Ministério da Justiça:
— Roraima não está totalmente pacificada;
— o Mato Grosso do Sul anuncia revolta em função da decisão da Funai em criar lá novas reservas indígenas;
— no Rio Grande, os produtores rurais pretendem reagir às provocações do MST;
— Santa Catarina ameaça usar a PM para conter a fúria ambientalista do 
ministro Minc, que queria destruir toda a plantação de maçã.
Uma vez iniciado um conflito, tudo indica que se expandirá como um 
rastilho de pólvora. Este quadro, preocupante já por si, fica agravado 
pela quase certeza de que, na atual conjuntura da crise mundial o nosso 
País sofrerá pressões para ceder suas riquezas naturais — petróleo, 
minérios e até terras cultiváveis — e estando dividido sabemos o que 
acontecerá, mais ainda quando uma das facções se coloca ao lado dos 
adversários como já demonstrou o MST no caso de Itaipu.
Bem, ainda temos Forças Armadas, mas segundo as últimas notícias, o 
Exército (que é o mais importante na defesa interna) terá seu efetivo 
reduzido. Será proposital?
Que Deus guarde a todos vocês.
O cel. Gelio Fregapani é escritor, atuou na área do serviço de 
inteligência na região Amazônica, elaborou relatórios como o do GTAM, 
Grupo de Trabalho da Amazônia.
FONTE: CONSERVADORISMOBRASIL

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