"Nunca antes na história deste país, com efeito, se produziu tamanho desastre numa única estatal, com graves repercussões, ainda a serem devidamente apuradas, nas contas públicas.
Segundo cálculos preliminares do banco americano Morgan Stanley, as perdas na Petrobras, em razão da quadrilha que assaltou a empresa, podem chegar a R$ 21 bilhões.
Nunca antes um outro governo foi capaz de produzir esse resultado. Nunca antes uma outra gestão chegou tão longe. Nunca antes um outro grupo foi tão ousado
E pensar que o PT ganhou as eleições de 2002, 2006 e 2010 mentindo que os tucanos pretendiam privatizar a Petrobras. Nunca pretenderam! Mas o que fez o petismo? A privatização, ao menos, acarreta a entrada de dinheiro nos cofres do Tesouro. Privatizar uma estatal significa trocar um ativo por dinheiro. O que aconteceu com a maior empresa brasileira foi, de fato, algo diferente: um pedaço do seu patrimônio lhe foi roubado, lhe foi arrancado, lhe foi amputado em benefício de vagabundos, de pilantras, de bandidos"... Reinaldo Azevedo na Revista Veja.
Deflagrada em 14 de novembro, a sétima fase da Operação Lava Jato causou um certo choque pelo ineditismo de seus alvos: executivos de algumas das maiores empreiteiras do Brasil foram parar na cadeia por envolvimento naquele que pode ser um dos maiores escândalos de corrupção da história do País. A ação é o desdobramento de uma investigação que chegou ao público em março e que pode, a depender de seu andamento, levar muitos políticos para a prisão.
É uma investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal a respeito de uma organização criminosa formada por políticos, funcionários públicos, executivos de empreiteiras e doleiros. As empreiteiras distribuíam entre si contratos com órgãos públicos, em especial a Petrobras, mediante o pagamento de propina e desvio de dinheiro público, que era repassado a partidos políticos. À medida que mais informações forem obtidas, a investigação deve ser ampliada. Ainda que o foco esteja na Petrobras, outras empresas públicas já apareceram nas investigações.
Os processos e investigações referentes à Lava Jato seguirão em duas mesas distintas. Enquanto o juiz federal Sérgio Moro continua com suas diligências em Curitiba a fim de provar o esquema criminoso envolvendo as empreiteiras, doleiros e empresas públicas, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, debruça-se sobre as provas para, perante o STF, conduzir a investigação dos detentores de foro privilegiado, os políticos.
Em tempo, nosso agradecimento a Polícia Federal e ao Ministério Público pelo patriotismo, respeito as leis e a decência que tem determinado suas ações! Serão lembrados e aclamados por um povo que já estava desacreditado da Justiça!
Fontes: Carta Capital e Veja-Abril.
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