quarta-feira, 13 de novembro de 2013

"QUEBREI A PETROBRAS MAS ELEGI MINHA SUCESSORA"

 


Desde 1951 o petróleo “é nosso”.
Em1953 a estatal Petrobras assumiu a responsabilidade de extrai-lo. O problema foi que a empresa tinha a tecnologia mas não tinha dinheiro. Enquanto isso, o país não queria em seu território empresas privadas explorando o “nosso” petróleo e continuamos importando-o.
Na medida em que o país crescia mais cara ficava a conta do petróleo, o que trouxe muito sacrifício ao país, prejudicando significativamente seu crescimento. Ao longo da vida da estatal governantes a tornaram repositório de companheiros dos partidos, compadres e todo o tipo de gente, inchando o quadro e muitas vezes, fazendo negociatas.

A Petrobras sobreviveu a isso, para uma nova derrocada, à partir de 2003. Apesar de há algumas décadas ter sido descoberto o pré-sal, foi o presidente Lula quem tirou proveito da descoberta e usou eficientemente como tema de sua campanha de reeleição, embora para a exploração naquela camada não tínhamos, como ainda não temos, DINHEIRO NEM TECNOLOGIA.


Entretanto os dois governos de Lula contribuíram para arrasar financeiramente a empresa com projetos que tiveram que ser suspensos, associação malfeita com a Venezuela, enormes estouros em orçamentos como a da refinaria de Pernambuco, compras desastrosas e muito suspeitas como na refinaria de Pasadena-EUA, em um negócio de mais de US$ 1 bilhão por uma refinaria que valia US$ 400 milhões e no que, se suspeita, dinheiro foi também desviado para campanha politica. À tal ponto chegou a penúria da empresa, que agora, inchada com funcionários (companheiros) e fornecedores amigos que a Petrobras foi obrigada a aceitar teve que, desesperadamente, vender ativos para não quebrar. Entretanto, Lula foi eleito.

Parafraseando governador de S Paulo que disse “quebrei o Banespa mas elegi meu sucessor”, Lula poderia dizer o mesmo em relação à Petrobras e a Dilma, sua sucessora. Afinal, com 5 anos de atraso, Dilma lança a leilão do pre-sal, em que compareceu somente um consórcio “arranjado”, mas que deu à Presidente Dilma a oportunidade de capitalizar eleitoralmente o feito, já que a maioria da população não sabe o que realmente aconteceu.

O que hoje se discute no “mercado” é de onde a Petrobras obterá recursos para a sua participação de 40% no empreendimento, de retorno extremamente lento. Segundo Dilma serão investidos US$ 100 bilhões em 35 anos, o que especialistas corrigem para US$ 400 bilhões, uma amostra de como nosso governo “toca” a atividade de petróleo, “no chute”. Além disso a Presidente promete recursos para saúde e educação com royalties do petróleo, também como propaganda politica, sabendo que só haverá recursos para esses setores dentro de  10 anos, otimistamente. Assim, voltamos a 1951, pois dizem que temos petróleo mas não temos dinheiro para explora-lo.

Nos últimos 10 anos a Petrobrás perdeu R$ 48 bilhões com subsídios à gasolina que a presidente teima em manter e o lucro no último trimestre foi 39% menor do que o mesmo período em 2012. Os acionistas da Petrobras tiveram perdas imensas em seu patrimônio com queda das ações. E continuamos importando petróleo.

Texto e publicação de meu amigo Fábio Figueiredo.

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