"Em 1° de outubro de 2012, o ministro Celso de Mello justificou a condenação dos integrantes do esquema do mensalão com argumentos que transformaram seu voto numa peça jurídica histórica. No trecho gravado em vídeo, por exemplo, o decano do Supremo Tribunal Federal disse o seguinte:
Esses vergonhosos atos de corrupção governamental que afetam o cidadão comum ─ privando-o, como já se disse aqui, de serviços essenciais, colocando-os à margem da vida ─, esses atos significam tentativa imoral e ilícita de manipular criminosamente, à margem do sistema constitucional, o processo democrático. Esses atos de corrupção parlamentar significam, portanto, tentativa imoral e penalmente ilícita de manipular criminosamente, à margem do sistema constitucional, o processo democrático, comprometendo-lhe a integridade, conspurcando-lhe a pureza e suprimindo-lhe os índices essenciais de legitimidade, que representam atributos necessários para justificar a prática honesta, a prática honesta e o exercício regular do poder aos olhos dos cidadãos desta nação. Esse quadro de anomalia, senhor Presidente, esse quadro de anomalia revela as gravíssimas consequências que derivam dessa aliança profana entre corruptos e corruptores, desse gesto infiel e indigno de agentes corruptores, tanto públicos quanto privados, e de parlamentares corruptos em comportamentos criminosos devidamente comprovados que só fazem desqualificar e desautorizar, perante as leis criminais do país, a atuação desses marginais do poder.
Na próxima sessão do STF, caberá a Celso de Mello desempatar a votação sobre os embargos infringentes. O mais antigo dos ministros terá de decidir se os condenados que qualificou de “marginais do poder” merecem escapar da punição."
Ele já vai se aposentar, agora cabe a ele decidir como se aposentar, ou entrar para história colocando na cadeia os bandidos do PT e aliados, todos protagonistas de um dos maiores roubos existente na política brasileira, ou sair pela porta dos fundos com o rabo entre as pernas, absolvendo esses bandidos. Esta na hora do povo acordar novamente.
Seja qual for o voto do Ministro Celso de Mello, a decência desse país já sofreu um duro golpe. Está mais claro do que nunca que a impunidade nesse país continuará ocupando o lugar mais alto do pódio. Infelizmente, estamos indo pelo mesmo caminho da Venezuela. É uma vergonha!
A aceitação de um novo julgamento não será para os mensaleiros e sim para os Ministros dessa corte, que não souberam julgar.
A aceitação de um novo julgamento é um descaso a centenas de processos que ficaram engavetados por meses aguardando soluções devido ao julgamento que tivemos…. e pior é o agravamento a outras centenas de processos que não terão soluções devido a esse novo julgamento.
Não….não…não podemos “matar” duas vezes para dizermos que esta morto…..Não podemos julgar novamente o que já foi julgado…isso seria um privilégio de meia dúzia em detrimento de uma maioria…seria uma aberração a ética e a moral deste país.
A aceitação de um novo julgamento é tão grave aos cofres públicos quanto a aberração dos que fizeram os mensaleiros. Quanto custaria ao Estado esse afronto?
Fonte: Coluna de Augusto Nunes.