Duas horas e meia de verborragia para o decano mostrar seu juridiquês histórico e de nenhuma serventia a sociedade, seu lustroso narcisismo, sua desmedida arrogância e seu alheamento com a finalidade essencial e última do Direito. Numa canhestra imitação de Jesus Nazareno, ressuscitou o Lázaro chamado embargos infringentes, morto e enterrado há mais de uma década, desfilando uma pletora de sofismas. Aquele de quem se dizia virtuoso, imparcial e independente, rendeu-se decepcionantemente à vilania dos “marginais do poder”, deslustrou a casa que deveria ser o último refúgio dos honestos, não dos facínoras e peculatários já condenados.
Hoje, aos 69 anos, seu voto pôs o Brasil decente de joelhos diante dos poderosos ladrões da República, que, finalmente provaram que nossa mais alta Corte ou é um antro de barganhas ou um ajuntamento de medrosos e covardes ilustrados. Será cobrado e responsabilizado pela sua vilania e falta de sensibilidade do grave momento histórico que vive nossa nação. Como o mais experiente em anos de STF, “deu cano” nas esperanças de um Brasil que renascesse digno, em irrestrita homenagem ao adágio popular de que a velhice é o último refúgio dos canalhas. Sugiro que as anacrônicas capas pretas sejam substituídas por apelativas camisas vermelhas.
O ministro nem parecia o mesmo de quando pronunciou votos no ano passado, quando falava com ardor, indignação, energia, inconformismo, durante o julgamento. Agora, tudo foi um desfilar de regimento, Lei que não se sustentou, citações. Mas tudo tão frio que não convenceu!
Celso de Mello foi covarde, o STF foi covarde e capacho do PT. Um vergonhoso bla bla bla para dar uma capa legal a uma pilantragem e manter, como sempre, os bandidos poderosos fora da cadeia.
Volto a dizer (opinar): Que as anacrônicas capas pretas sejam substituídas por apelativas camisas vermelhas!
Fontes: Revista Veja e jornal: O Estado de São Paulo.