segunda-feira, 6 de maio de 2013
MAR DE LAMA
NÓS PERDEMOS A REFERÊNCIA...
"Há muito tempo, desde que houve a abertura política no Brasil, que perdemos a referência de uma grande nação. Perdemos a grande oportunidade de nos projetarmos a nivel de América Latina e quiçá o resto do mundo.
O grande lamento se faz presente na atualidade, aonde o grande mal mundial afetou também o Brasil, cujo diagnóstico do carcinoma social chama-se “Corrupção”, um mal endêmico, que o regime militar aplicou o medicamento, mas que no fundo chegamos a conclusão que a receita por nós aplicada não foi a correta. Subestimamos o poder de recuperação desta maldita doença.
O grande mal do regime militar desde o ido de 1.964 foi estabelecer o tempo de recuperação econômica, social e política, porque não desejávamos nos perpetuar no poder pela sina da mídia que nos tachava de “ Ditadura Militar”. Os nossos presidentes militares apesar das melhores aptidões conseguiram tirar o Brasil da 46ª posição para a 8ª, sendo um dos melhores índices a nível nacional que poderia colocar o nosso país no primeiro mundo, se não fosse as pressões de ordem interna e externa para a política de abertura.
Analisando friamente, diríamos que os maiores culpados em tudo isto, primeiro fomos nós em estipularmos no máximo 30 anos de governo militar para recuperar um país que literalmente estava quebrado e tendia para o comunismo, em segundo lugar a política de pressão americana que sempre foi avessa às ditaduras implantadas na mesma época em vários países da América do Sul. Tudo isto implicou numa mudança substancial de estratégia política de crescimento.
Um outro fator que analisamos foi a estratégia mal traçada durante o regime militar em preparar lideranças políticas para o futuro calcada na criação de uma escola de liderança política que poderia ser fiscalizada pelo mesmo regime. Mas tínhamos receio de criar esta liderança devidos aos fantasmas do passado, aonde tivemos a experiência de combater guerrilheiros que tiveram ensinamentos tanto de estratégia militar como sobretudo de estratégia política, cujo objetivo era alcançar o poder.
E nada adiantou o nosso trabalho, os nossos esforços, a recuperação do Brasil em todas as áreas, se não soubemos preparar futuras lideranças civis, já que era este o objetivo de entregar para a administração política, aqueles que realmente tinham condições melhores.
A própria legislação de abertura foi um golpe na própria democracia, aonde com a aplicação da anistia trouxemos de volta todos aqueles que condenamos na justiça militar, com um adendo, com todos os poderes adquiridos. Diante desta constatação, colhemos o que plantamos, ou seja, colocamos no solo as más sementes e hoje pagaremos caríssimo pela falta de visão em termo de futuro para uma nação que poderia ser a primeira da América do Sul e quiçá uma futura potência não emergente, mas real..."
Texto esclarecedor de meu amigo Mário Marcio.
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